Basta um quarto cheio de música.
Basta o cheiro de velas e incenso de rosas,
o álcool,
o torpor,
a abstinência sexual,
a solidão desértica.
Basta meia respiração, só um pouquinho de ar
Pra levar um sentimento capenga do coração até o cérebro.
Tenho o mínimo.
Quero o mínimo.
É preciso não destinguir entre dia e noite.
É mister não dizer palavra,
não caminhar,
nem olhar pelas gretas da janela o acontecimento das ruas.
Basta um cigarro,
um pedaço de chocolate
e um canto pra desmontar o corpo
Conheço o mínimo,
Prefiro o mínimo
Sem compromisso, nem conforto, nem afetos, nem expectativas.
A salvo, completamente a salvo!
Edna M. Médici
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