Em primeiro lugar, minha gratidão eterna à Leonardo Bérenger, genial Professor de Literatura e Cultura Britânica do Departamento de Letras da PUC-Rio, por tomar de assalto minha mente e me capturar com Shakespeare e Tennessee Williams, tornando as tardes de sextas-feiras absolutamente iluminadas de saber com a transmissão de sua paixão pela literatura. De "Hamlet" à "Um bonde chamado desejo" , Leonardo nos arrebata com seu espantoso conhecimento, atravessado por uma ironia fina e generosidade de compartilhamento. Isso tudo regado por um delicioso cafezinho e a hospitalidade carinhosíssima da Escola Lacaniana de Psicanálise. Só me cabe dizer:
"Gracias a la vida que me hay dado tanto...",
Foram muitos os estímulos recebidos e o espírito alimentado demanda a escrita. São tantas as conexóes possíveis... daqui pra frente, tentarei trazer pouco a pouco, contribuições importantíssimas que esses dois autores, especificamente , tem a dar à psicanálise.
Falar de Shakespeare, por exemplo, é falar de uma teia imensa de afetos que vão do ódio à vingança , ao ciúme e ao ressentimento, à inveja e à crueldade, mas, também , de conspirações, dos jogos de poder, das hesitações e ambiguidades e principalmente, da loucura.
Em Tennessee Williams, veremos um autor que leva seus personagens ao limite , empurrando-os ao precipício de suas existências. A fragmentação do humano ao se deparar com o real e a incontrolabilidade dos desejos em sua ferocidade maior, que levam a destituição do ser, estão presentes o tempo todo nos textos desse grande escritor.
Portanto, da Idade Média aos anos 40/50, veremos como a literatura e a psicanálise se complementam, no sentido que a nós psicanalistas mais interessa; A EXPANSÃO PSÍQUICA.
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